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Foto: Renan Mattos (Diário)
Uma sondagem feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas, ajuda a entender o tamanho da parcela dos trabalhadores da iniciativa privada, que têm FGTS e estão em situação financeira complicada. Segundo a pesquisa, cerca de 40% das pessoas com direito ao saque emergencial do FGTS pretendem usar o recurso de até um salário mínimo (R$ 1.045) para quitar dívidas em atraso. Outros 26% devem poupar os recursos, e apenas 24% esperam usar o dinheiro para consumir bens e serviços.
De acordo com o levantamento, 25% das famílias possuem pessoas com direito ao saque, e 60% dos que podem retirar o dinheiro vão usá-lo. As outras 40% vão deixar o dinheiro no fundo, uma vez que o saque é opcional. Em relação à liberação do FGTS feita em 2017 pelo presidente Michel Temer (quando 21% das famílias tinham direito ao recurso), a sondagem mostra que os mais pobres vão poupar mais e consumir menos.
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Na faixa de renda de até R$ 2.100, o percentual dos que vão poupar praticamente dobrou, para 20% - devido ao receio pelo que enfrentarão no futuro com a pandemia -, e a quitação de dívida passou de 53% para 49%. O consumo recuou de 29% para 23%. Esses dados indicam que, parte das pessoas está insegura em relação ao futuro e quer se precaver.
Para famílias na faixa de R$ 2.100,01 a R$ 4.800,00, a taxa de poupança baixou quase nada, indo para 18%, e a quitação de dívida passou de 42% para 54%. A de consumo recuou de 33% para 18%. Entre os mais ricos (renda acima de R$ 9.600), o percentual de poupança caiu de 50% para 38%, e o de consumo subiu de 21% para 22%. O levantamento foi realizado com 1.737 consumidores e tem margem de erro de 3 pontos percentuais.